quarta-feira, 30 de dezembro de 2009

Pressupostos hermenêuticos e teológicos de Rudolf Bultmann.

Por Alexandre Honorato Oliveira.

Para poder entender os princípios hermenêuticos de Rudolf Bultmann é necessário que antes de qualquer coisa, tenhamos-nos a compreensão de como o pensamento deste grande teólogo do século XX foi sistematizado e de como as suas posições foram defendida ao longo do tempo, fazendo aqui um resumo de sua vida e de suas obras.

Rudolf Bultmann nasceu em 20 de Agosto de 1884 em Wefelstede (Oldenburg), sendo filho de pastor protestante. Fez os estudos superiores em Tubingen, Berlin e Marburgo, laureando-se em 1910, sob a orientação de Johannes Weiss, sua tese defendida tinha por título “O estilo da pregação paulina e a diatribe cínico-estoica”. Nos estudos secundários foi colega de Karl Jaspers. Em 1916 foi professor extraordinário em Breslau, indo em 1920 para Giessen e Marburgo em 1921.

No inicio de seus estudos Bultmann se definia como “teólogo liberal”, ele foi formado no clima da teologia liberal, más não demorou muito para aderir à teologia dialética, já em outubro de 1921 redigiu uma carta a Hans Von Soden em que indicava seu rompimento com a teologia liberal. Em 1924 publicou o artigo “A teologia liberal e o mais recente movimento religioso” em que afirmava o antropocentrismo da teologia de seus mestres. O objetivo do artigo era promover uma nova orientação para a revista liberal Christliche Welt. Neste período dialético, Bultmann escreve vários artigos entre 1925 e 1928, onde aparecem os princípios metodológicos que nortearão sua pesquisa. Publica em 1925 o artigo “O problema de uma exegese teológica do Novo Testamento” nesta época além de por fim em seus antigos ideais teológico, torna-se um grande crítico da teologia liberal, por considerá-la “uma reflexão que diviniza o homem e desvia-se do seu objetivo teológico”. Essa crítica de Bultmann à teologia liberal, marca sua presença cativa na teologia dialética. Publica ainda, em 1928, “O significado da ‘teologia dialética’ para a ciência neotestamentária”. Porém sua obra clássica “Jesus”, publicada em 1926, já marca os princípios que ele usará no importante “Manifesto da demitização” de 1941. Este manifesto, redigido quatro vezes que se completam no decurso de vinte anos, traz a síntese da reflexão bultmaniana que abordaremos mais detalhadamente aqui.

Para Bultmann, o conteúdo do Novo Testamento é mitológico, os relatos escritos pelos membros da igreja primitiva eram puros contos mitológicos, sendo “a imagem de mundo neotestamentária” (Weltbild) muito distinta daquela realidade. A imagem mítica do mundo fez com que os autores do Novo Testamento, Paulo, Pedro, João, Mateus, João Marcos, Lucas entre outros, registrassem os seus testemunhos numa linguagem que considera como conto Mitológico “a encarnação de um ser preexistente”, “a morte expiatória”, “a ressurreição”, “a descida aos infernos”, “o retorno no final dos tempos” e a “escatologia dos eventos finais”. Todos estes elementos precisam ser demitizados, para ser extraída a mensagem genuína dos textos neotestamentários.

Segundo o artigo[1] do professor Brian Gordon Lutalo Drumond Kibuuka docente da Faculdade de Teologia Wittenberg no Rio de Janeiro. A tarefa da demitização é:

“criticar a imagem de mundo do Novo Testamento (tarefa negativa) e esclarecer a verdadeira intenção do mito, encontrando assim a verdadeira intenção da Escritura (tarefa positiva). Para assim fazer, é preciso dar uma interpretação, fazer uma atualização, tornar evidente ao homem moderno a mensagem do Novo Testamento. Bultmann afirma que isto pode ser feito pela interpretação antropológica ou existencial (posteriormente chamada de hermenêutica existencial).”

As principais críticas feitas a Bultmann são de que a sua pré-compreensão heideggeriana[2] torna-se uma “camisa-de-força” (Barth), que não se deve demitizar os fatos da história (Cullmann) e que absolutizar oWeltbild” da ciência moderna e adotar uma discutível concepção iluminista de mito desqualifica seu projeto (Jaspers).

É importante destacar que, na compreensão de Bultmann, a história da Literatura Cristã Primitiva é um projeto fadado ao fracasso, bem como a compreensão da “verdade” histórica sobre o homem Jesus. Para ele não é possível ambos projetos, mas que eles não são relevantes, porque o que importa de fato para a Igreja é crer em Jesus de Nazaré, o Cristo.

A visão que Bultmann tem dos Evangelhos é que eles contêm o que ele denomina “‘unidade de pregação’ da Igreja primitiva”. Para Bultmann os Evangelhos não é a história de Jesus, mas é a sistematização das formas literárias primitivas por meio das qual a Igreja primitiva prega Jesus – pregação esta denominada kérigma.

Portanto, para Bultmann, a fé é algo que não está no âmbito da história (passada e inexistente), mas no âmbito da própria existência (presente e real). Cada unidade de pregação, cada forma literária, cada parte do Evangelho é um chamamento a uma mudança na existência, uma chamada à decisão. Nesta chamada, o fundamental não é a história, mas a proclamação e a resposta a mesma.


[1] KIBUUKA, BRIAN G. L. DRUMOND. Sobre Rudolf Bultmann. Artigo extraído do ”blog” Estudos no Novo Testamento disponível em: http://estudosnonovotestamento.blogspot.com/2007/02/ sobre -rudolf-bultmann.html acesso em 15 mar 2008.

[2] Rudolf Bultmann foi catedrático na Faculdade de Teologia de Marburg, onde foi aluno de Martin Heidegger, professor de Filosofia na mesma universidade.

sábado, 12 de setembro de 2009

CONCEITO DE DEUS SEGUNDO AS DIVERSAS TEOLOGIAS

O que é Teologia?

O sentido literal da palavra teologia, quer dizer “o estudo sobre Deus” deriva da palavra grega “θεóς”, theos, "Deus" agregada a palavra “λóγος”, logos, "palavra", também traduzida por, "estudo". Como ciência tem um objeto de estudo: Deus. Entretanto, como não é possível estudar diretamente um objeto que não vemos e não tocamos, estuda-se Deus a partir da sua revelação. No Cristianismo isto se dá a partir da revelação de Deus na Bíblia, no Islamismo é a partir do Alcorão, assim como no Judaísmo é na Tora, cada corrente religiosa tem a sua própria escritura. Por isso, também se define "teologia" como um falar "a partir de Deus" (Karl Barth).

Contexto histórico

O termo “teologia” foi usado pela primeira vez por Platão, no livro “A República”, para referir-se à compreensão da natureza divina por meio da razão, em oposição à compreensão literária própria da poesia feita por seus conterrâneos. Mais tarde, Aristóteles empregou o termo em numerosas ocasiões, com dois significados:

Teologia como o ramo fundamental da ciência filosófica, também chamada “filosofia primeira” ou “ciência dos primeiros princípios”, mais tarde chamada de “metafísica” por seus seguidores.

A visão aristotélica sobre teologia dominou por vários séculos. A idéia somente foi reformulada quando um dos maiores pensadores da Igreja Católica, atualmente conhecido como “Santo Agostinho”, tomou o conceito "teologia natural" da obra “Antiquitates rerum humanarum et divinarum" de M. Terêncio Varrão, como única teologia verdadeira dentre as três apresentadas por Varrão: a mítica, a política e a natural. Acima desta, situou a teologia sobrenatural “theologia supernaturalis”, baseada nos dados da revelação e, portanto, considerada superior. A teologia sobrenatural, situada fora do campo de ação da Filosofia, não estava subordinada, mas sim acima da última, considerada como uma serva “ancilla theologiae” que ajudaria a primeira na compreensão de Deus.

Teodicéia, termo empregado atualmente como sinônimo de teologia natural, foi criado no século XVIII por Leibniz, como título de uma de suas obras chamada "Ensaio de Teodicéia. Sobre a bondade de Deus, a liberdade do ser humano e a origem do mal", embora Leibniz utilize tal termo para referir-se a qualquer investigação cujo fim seja explicar a existência do mal e justificar a bondade de Deus.

Na tradição cristã de “matriz agostiniana”, a teologia é organizada segundo os dados da revelação e da experiência humana. Estes dados são organizados no que se conhece como Teologia Sistemática ou Teologia Dogmática.

Como podemos observar a Teologia teve os seus principais conceitos e pensamentos, aprimorados através dos séculos, isso nos leva a crer que nunca teremos uma posição única sobre está determinada ciência.

A existência de Deus

Há milênios, o ser humano tem uma idéia fixa sobre um ser ou “vários seres” imortais e sobrenaturais, que tem o poder de governar o universo. Este ser supremo tem consigo o poder de decisão sobre a humanidade. Más esta idéia foi por diversas vezes questionada. Muitos pensadores através da história questionaram veemente a existência deste ser sobrenatural. A questão da existência de Deus foi levantada dentro do pensamento do homem, e os principais conceitos filosóficos que investigam e procuram respostas sobre esse assunto, são[1]:

Deísmo - Doutrina que considera a razão como a única via capaz de nos assegurar da existência de Deus, rejeitando, para tal fim, o ensinamento ou a prática de qualquer religião organizada. O deísmo é uma postura filosófica-religiosa que admite a existência de um Deus criador, mas rejeita a idéia de revelação divina.

Teísmo - Teísmo é um conceito que surgido no século XVII com Ralph Cudworth[2] contrapondo-se ao moderno ateísmo, deísmo e panteísmo. O teísmo sustenta a existência de um deus (contra o ateísmo), ser absoluto transcendental (contra o panteísmo), pessoal, vivo, que atua no mundo através de sua providência e o mantém (contra o deísmo). No teísmo a existência de um deus pode ser provada pela razão, prescindindo da revelação; mas não a nega. Seu ramo principal é o teísmo Cristão, que fundamenta sua crença em Deus na Sua revelação sobrenatural através da Bíblia. Existe ainda o teísmo agnóstico, que é a filosofia que engloba tanto o teísmo quanto o agnosticismo. Um teísta agnóstico é alguém que admite não poder ter conhecimento algum acerca de Deus, mas decide acreditar em Deus mesmo assim. A partir do teísmo se desenvolve a Teologia, que é encarada principalmente, mas não exclusivamente, do ponto de vista da fé. Embora tenha suas raízes no teísmo, pode ser aplicada e desenvolvida no âmbito de todas as religiões. Não deve ser confundida com o estudo e codificação dos rituais e legislação de cada credo.

Ateísmo – O ateísmo engloba tanto a negação da existência de divindades quanto a simples ausência da crença em sua existência.

Agnosticismo – Dentro da visão agnóstica, não é possível provar racional e cientificamente a existência de Deus, como também é igualmente impossível provar a sua inexistência. O agnóstico pode ser teísta ou ateísta, dependendo da posição pessoal de acreditar (sem certeza) na existência ou não de divindades.

Doutrina espírita - Considera Deus a inteligência suprema, causa primeira de todas as coisas, eterno, imutável, imaterial, único, onipotente e soberanamente justo e bom. Todas as leis da natureza são leis divinas, pois Deus é seu autor.

Martinismo - Nesta doutrina, podemos encontrar no livro “Corpus Hermeticum” a seguinte citação: "vejo o Todo, vejo-me na mente... No céu eu estou, na terra, nas águas, no ar; estou nos animais, nas plantas. Estou no útero, antes do útero, após o útero, estou em todos os lugares”.

Teosofia, baseada numa interpretação não-ortodoxa das doutrinas místicas orientais e ocidentais, afirma que o “Universo é, em sua essência, espiritual e o homem é um ser espiritual em progresso evolutivo cujo ápice é conhecer e integrar a Realidade Fundamental, que é Deus”.

Cientologia Moderna - Baseia-se não só na ciência explicando cada fato descrito em todas as religiões, mostrando que possivelmente todas as religiões estão interligadas, sendo que cada uma possui um Deus, um seguidor, um principio e um fim. O Deus da cientologia é considerada a natureza, pois ela é mais forte que os demais. Na cientologia só existe um suposto Diabo quando há ausência de Deus, ou seja, quando a natureza corresponde de forma negativa causando distúrbios aos seres da terra.

Deus segundo a Bíblia Sagrada

Por diversas vezes a Bíblia revela a existência de Deus, citaremos aqui alguns trechos bíblicos concernente a esta afirmação.

São elas "no céu e na terra há alguns que se chamam deuses. Todavia para nós há um só Deus, o Pai." I Coríntios 8:5 e 6. "Aquele que tem, ele só, a imortalidade e habita na luz inacessível; a quem nenhum dos homens viu nem pode ver; ao qual seja honra, poder sempiterno. Amem." Timóteo 6:16. "Eu Sou o Primeiro e Eu Sou o Último. Fora de mim não há Deus." Isaías 44:6. "Não terás outros deuses diante de Mim" Êxodo 20:3 "Jesus disse: E a vida eterna é está: que te conheçam a ti, o único Deus verdadeiro, e a Jesus Cristo, a quem enviaste." João 17:3. "E o Senhor será Rei sobre toda a terra; naquele dia um será o Senhor, e um será o seu nome." Zacarias 14:9.

Além de estudos de livros considerados sagrados como a Bíblia, muitos argumentam que pode-se conhecer Deus e suas qualidades, observando a natureza e suas criações. Argumentam que existe evidência científica de uma fonte de energia ilimitada, e que esta poderia ter criado a substância do universo, e que por observarem a ordem, o poder e a complexidade da criação, tanto macroscópica como microscópica, muitos chegaram a admitir a existência de Deus.

Um ou vários deuses.

No pensamento que crer na existência de Deus, nasce duas grandes correntes filosóficas. A primeira é chamada politeísmo, que defende a existência de vários deuses, a segunda é chamada de monoteísmo que defende a existência de um só Deus. Para tanto, iremos aqui fazer um breve resumo do pensamento destas duas correntes filosóficas.

Politeísmo.[3] Consiste na crença em mais do que uma divindade de gênero masculino, feminino ou indefinido, sendo que cada uma é considerada uma entidade individual e independente com uma personalidade e vontade próprias, governando sobre diversas atividades, áreas, objetos, instituições, elementos naturais e mesmo relações humanas. Ainda em relação às suas esferas de influência, de notar que nem sempre estas se encontram claramente diferenciadas, podendo naturalmente haver uma sobreposição de funções de várias divindades.

O reconhecimento da existência de múltiplos deuses e deusas, no entanto, não equivale necessariamente à adoração de todas as divindades de um ou mais panteões, pois o crente tanto pode adorá-las no seu conjunto, como pode concentrar-se apenas num grupo específico de deidades, determinado por diversas condicionantes como a ocupação do crente, os seus gostos, a experiência pessoal, tradição familiar, etc.

São exemplos de religiões politeístas as da antiga Grécia, Roma, Egito, Escandinávia, Ibéria, Ilhas Britânicas e regiões eslavas, assim como as suas reconstruções modernas como a Wicca / Bruxaria , Xamanismo, Druidismo e ainda o Xintoísmo e o Hinduísmo.

Monoteísmo. O monoteísmo é a crença em um só Deus. Diferente do politeísmo que conceitua a natureza de vários deuses, como também se diferencia do henoteísmo por ser este a crença preferencial em um deus reconhecido entre muitos.

A divindade, nas religiões monoteístas, é onipotente, onisciente e onipresente, não deixando de lado nenhum dos aspectos da vida terrena. A crença em um só Deus, que para além de ser considerado “todo-poderoso” é também um ícone moral para os adeptos de religiões monoteístas - exigindo dos fiéis, observância de normas de conduta consideradas puras.

Crenças Monoteistas

Judaísmo

O Judaísmo surgiu da religião mosaica, apesar de suas ramificações, defende um conjunto de doutrinas que o distingue de outras religiões: a crença monoteísta em “YHWH”[4] como Criador e Deus e na eleição de Israel como povo escolhido para receber a revelação contida na Tora, que seriam os mandamentos deste Deus. Dentro da visão judaica do mundo, Deus é um Criador ativo no universo e que influencia a sociedade humana, na qual o judeu é aquele que pertence à uma linhagem com um pacto eterno com este Deus.

O judaísmo é uma das mais antigas religiões monoteístas conhecidas. O principio básico do judaísmo é a unicidade absoluta de YHWH como Deus e Criador, Onipotente, Onisciente, Onipresente, que influência todo o universo, mas que não pode ser limitado de forma alguma, o que caracteriza em idolatria, o pecado mais mortal de acordo com a Tora. A afirmação da crença no monoteísmo manifesta-se na profissão de fé judaica conhecida como “Shemá Yisrael”[5](Ouça Israel). Assim qualquer tentativa de politeísmo é fortemente rechaçada pelo judaísmo, assim como é proibido seguir ou oferecer prece à outro que não seja YHWH.

Conforme o relacionamento de YHWH com Israel, o judaísmo enfatiza certos aspectos da divindade chamando-o por títulos diferenciados, que são os diversos nomes, com os quais Deus é tratado no Antigo Testamento.

Após a Diáspora, nasceu varias ramificações do Judaísmo, chamadas também de seitas onde as principais são os Fariseus, os Saduceus, os Essênios e os Zelotes. Cada uma destas seitas tinha uma concepção de Deus diferente. Em regra geral cada uma desta seita tinha nas leis de Moisés, todos os preceitos de como era servir a Deus corretamente.

Islamismo

O islão ou islã ensina seis crenças principais: A crença em Allah, único Deus existente; A crença nos Anjos, seres criados por Allah; A crença nos Livros Sagrados, entre os quais se encontram a Tora, os Salmos e o Evangelho. O Alcorão é o derradeiro e completo livro sagrado, constituindo a coletânea dos ensinamentos revelados por Allah ao profeta Mohamed, A crença em vários profetas enviados à Humanidade, dos quais Mohamed é o último; A crença no dia do Julgamento Final, no qual as ações de cada pessoa serão avaliadas; A crença na predestinação: Allah tudo sabe e possui o poder de decidir sobre o que acontece a cada pessoa.

Deus é considerado único e sem igual. Cada capítulo do Alcorão (exceto dois) começa "Em nome de Deus, o beneficente, o misericordioso". Uma das passagens do Alcorão que é frequentemente usada para demonstrar atributos de Deus diz: "Ele é Deus e não há outro deus senão Ele, Que conhece o invisível e o visível. Ele é o Clemente, o Misericordioso! Ele é Deus e não há outro deus senão ele. Ele é o Soberano, o Santo, a Paz, o Fiel, o Vigilante, o Poderoso, o Forte, o Grande! Que Deus seja louvado acima dos que os homens Lhe associam! Ele é Deus, o Criador, o Inovador, o Formador! Para ele os epítetos mais belos" (59, 22-24).

Para o Islã Deus é um ser supremo e justo, e é obrigação dos muçulmanos servi-Lo. Quem desobedece aos preceitos de Allah, pede chegar a ser punido com a perda da própria vida.

Cristianismo

O cristianismo é uma religião monoteísta baseada na vida e nos ensinamentos de Jesus Cristo, estes ensinamentos se encontram escritos nos Evangelhos, parte integrante do Novo Testamento. Os cristãos acreditam que Jesus é o Messias e como tal referem-se a ele como Jesus Cristo. Com cerca de 2,1 bilhões de adeptos[6], o cristianismo é hoje uma das maiores religião do mundo. É a religião predominante na Europa, América do Norte, América do Sul, Oceania e em grande parte de África.

O cristianismo começou no século I como uma seita do judaísmo, partilhando por isso textos sagrados com esta religião, em concreto o Tanakh, que os cristãos denominam de Antigo Testamento. À semelhança do judaísmo e do islã, o cristianismo é considerado como uma religião abraâmica.

Segundo o Novo Testamento, os seguidores de Jesus foram chamados pela primeira vez "cristãos" em Antioquia (Atos 11:26).

Na Bíblia, o livro sagrado dos Cristãos, encontra-se considerável número de confirmação do monoteísmo. É usualmente atribuído a Deus qualidades como Onipotência, Onipresença e Onisciência.

De acordo com a maioria dos cristãos, a Trindade, que consiste na crença de três aspectos de uma mesma concepção: Cristo, o Pai e o Espírito Santo - não anula o conceito monoteísta da religião cristã. A palavra trindade não está presente na Bíblia, tendo sido criada no Concílio de Nicéia pela Igreja Católica Romana. Entretanto, existem certas seitas cristãs, como o Mormonismo, que são henoteístas.

O Cristianismo prega o amor a Deus e ao próximo como o seu fundamento espiritual. De fato estas atitudes não constituem dois mandamentos separados (1º a Deus e 2º ao próximo) mas sim um só em que nenhuma das partes pode ser excluída. A salvação espiritual é oferecida gratuitamente a quem deseja aceitá-la buscando a Deus na figura de seu filho Jesus e que a busca de Deus é uma experiência transformadora da natureza humana.

O cristianismo segue fielmente os conceitos de Jesus de Nazaré. Para entendermos melhor a visão cristã sobre Deus, citaremos aqui o que o teólogo alemão Rudolf Bultmann escreveu sobre qual era a idéia que Jesus Cristo tinha Deus “Deus é para Jesus o Criador, ele administra o mundo com sua previdência, e alimenta os animais e embeleza as flores, sem sua anuência nenhum pardal cai morto na terra, e ele também contou todos os cabelos de nossa cabeça (Mt 6.25-34 par.; 10.29s. par.). Portanto, toda ansiosa preocupação e toda a correria para adquirir bens a fim de garantir a vida são fúteis, sim, injuriosas. O ser humano está entregue à vontade do Criador; ele não pode acrescentar um côvado a sua vida, nem tornar branco ou preto um único fio de cabelo d sua cabeça (Mt 6.27 par.;5.36). Se pensa que se garantiu por meios de bens adquiridos e que pode gozar o descanso, ele esqueceu que pode morrer ainda nesta noite (Lc 12.16-20). Portanto, exige-se do ser humano tanto confiança em Deus quanto consciência da dependência”[7] e mais “ para Jesus, Deus torno-se novamente um Deus da proximidade. Ele é o poder presente, envolvendo, delimitando e desafiando a cada um como Senhor e Pai”[8]

Podemos considerar três períodos que definem a concepção e filosofia do Cristianismo:

Cristianismo primitivo: caracterizado por uma heterogeneidade de concepções;

Patrística. Ocorrida no período entre os séculos II e VIII, com a transformação da nova religião em uma Igreja oficial do Império Romano fundada por Constantino e a formação de um clero institucionalizado, e cujo doutrinário expoente foi Santo Agostinho;

Escolástica. A partir do século VIII e cujo expoente foi São Tomás de Aquino, que afirmou que fé e razão podem ser conciliadas, sendo a razão um meio de entender a fé.

A partir do protestantismo, é necessário fazer uma diferenciação entre a história e concepção da Igreja Católica Romana e das diversas denominações evangélicas que se formaram.

Bibliografia utilizada na minha parte

BULTMANN, Rudolf. Teologia do Novo Testamento. São Paulo: Editora Teológica, 2004. p.928.

http://pt.wikipedia.org/.

http://www.infopedia.pt/

http://pt.wikibooks.org/




[1] Conforme cita a enciclopédia livre “Wikipédia” http://pt.wikipedia.org/wiki/Deus

[2] Filósofo inglês nascido em 1617, em Aller, Somersetshire, e falecido a 26 de Julho de 1688, em Cambridge. Estudou na Universidade de Cambridge, foi depois Reitor de North-Cadbury e regressou a Cambridge, onde exerceu o magistério na disciplina de Hebraico. Foi director do Christ's College , onde ensinou teologia até à data da sua morte. Informações retiradas do sitio da internet: http://www.infopedia.pt/$Ralph%20Cudworth.

[3] in http://pt.wikipedia.org/wiki/Politeismo.

[4] Deriva tetragrama hebraico יהוה com sua pronuncia obrigatória de “Adonai”.

[5] Shemá Yisrael em hebraico שמע ישראל; "Ouça Israel" são as duas primeiras palavras da seção da Torá que constitui a profissão de fé central do monoteísmo judaico (Deuteronómio 6:4-9) no qual se diz (Shemá Yisrael Ad-nai Elokêinu Ad-nai Echad - Escuta ó Israel, Adonai nosso Deus é Um).

[6] Estes dados foram registrados no ano de 2001

[7] BULTMANN, Rudolf. Teologia do Novo Testamento. São Paulo: Editora Teológica, 2004. p.62.

[8] Ibid. P.62.

sábado, 5 de setembro de 2009

INDEPENDENCIA DO BRASIL.

Esta chegando o “sete de setembro”.... Dia em que comemoramos a independência do nosso Brasil, mais do que isso é o dia em que aflora (ou pelo menos deveria) o sentimento pelo nacionalismo... E você meu amigo, como esta o seu sentimento patriota? (para refletir...)

quarta-feira, 26 de agosto de 2009

A Estatização da Teologia

Dr. Rodrigo R. Pedroso.

O senador Marcelo Crivella não esconde a sua simpatia pelo Estado totalitário. No dia 28 de março de 2007, por exemplo, conforme notícia divulgada pela Agência Senado, Crivella subiu à tribuna parlamentar para dizer que o Evangelho “é a cartilha mais comunista que existe”. Evidentemente, a afirmação é falsa em relação ao Evangelho, mas revela muito a respeito da mentalidade e dos ideais políticos do sr. Crivella, que faz parte da liderança de uma controvertida seita religiosa que usa a Bíblia para defender a legalização do aborto.

E dando vazão aos seus ideais coletivistas, o sr. Crivella apresentou no Senado um projeto de lei para colocar sob o controle do Estado o exercício da teologia no Brasil. Trata-se do projeto de lei n. 114/2005, que pretende fazer da teologia uma profissão regulamentada pelo Estado.

Em primeiro lugar, não existe nenhum motivo de interesse público a exigir ou recomendar a regulamentação do exercício da profissão de teólogo. Aliás, se temos algo demais no Brasil são profissões regulamentadas, com seus respectivos conselhos profissionais a coletar taxas. É evidente que, para determinadas profissões, que envolvem a integridade física ou os direitos fundamentais da pessoa humana, é necessário algum tipo de regulamentação. Porém, a proliferação de profissões regulamentadas restringe a liberdade de exercício profissional, que é bem comum de todos. Por tratar-se de uma restrição à liberdade das pessoas, a instituição de novas profissões regulamentadas deve ser cuidadosamente ponderada.

De acordo com o projeto do senador Crivella, o exercício da profissão de teólogo dependerá de diploma (salvo o caso dos que, na data da promulgação da lei, tenham exercido por pelo menos cinco anos a profissão de teólogo). Por aí já vemos que o projeto crivelliano não respeita o direito adquirido (art. 5º, XXVI, CF), pois quem, na data da promulgação da lei, tiver exercido, por exemplo, pelo período de quatro anos e meio, as atividades que a proposta considera “privativas” da profissão de teólogo, terá cassado o seu direito de as continuar exercendo.

Além disso, conforme o art. 4º do projeto de Crivella, “o exercício da profissão de teólogo requer prévio registro no órgão competente”. Isso significa que a qualidade de teólogo, que até hoje dependeu do reconhecimento espontâneo do saber alheio pelo público, passará a depender de uma carteirinha expedida pela burocracia estatal. Ou seja, de acordo com o projeto crivelliano, o Estado assumirá a competência para dizer quem é e quem não é teólogo. E, ademais, pretende o projeto subordinar os teólogos do Brasil inteiro a um Conselho Nacional de Teologia, proposta semelhante ao malogrado Conselho Nacional de Jornalismo, a respeito do qual se suspeitava tratar-se de uma tentativa do governo de restringir a liberdade da imprensa. Ao subordinar o exercício da teologia ao controle estatal, o projeto do senador Crivella atribui ao Estado competência numa matéria em que este não possui jurisdição, qual seja, a religião e a consciência dos indivíduos.

Efetivamente, o Estado brasileiro não tem jurisdição sobre matéria religiosa (art. 19, I, CF). E o exercício da teologia está essencialmente vinculado à religião. A teologia católica, por exemplo, é em larguíssima medida discrepante em relação às teologias judaica ou islâmica. Um teólogo católico e outro protestante, apesar de serem ambos cristãos, não partirão dos mesmos postulados no exercício de sua atividade intelectual. Como uniformizar essa diversidade sob um único Conselho Nacional de Teologia? Essa é uma das razões por que o valor e a qualificação do teólogo devem ser aferidos pela autoridade espiritual, e não pelo poder temporal do Estado.

Ao regulamentar a profissão de teólogo, o Estado adentrará em seara alheia, imiscuir-se-á num campo que não lhe pertence. Tal intromissão representará violação da liberdade religiosa, garantida pelo art. 5º, VI, da Constituição Federal. E, na medida em que a teologia é uma disciplina do intelecto e uma ciência, representará igualmente uma infração da liberdade intelectual e científica, que a Constituição declara ser livre não apenas de censura, como também de licença (art. 5º, IX). E licença para o exercício da teologia é exatamente o que o nefasto projeto do senador Crivella pretende impor aos brasileiros, ao arrepio das normas constitucionais. Urge, portanto, que todos nos levantemos contra esse projeto que ameaça nossas sagradas liberdades.

*Rodrigo R. Pedroso é advogado graduado pela USP, especialista em direito constitucional e biodireito, mestrando em filosofia ética e política, membro da Comissão de Defesa da República e da Democracia da OAB/SP e foi o representante do Brasil nos dois Seminários de Peritos em Biodireito promovidos pelo CELAM (Conselho Episcopal Latino-Americano).

Fonte: Católica Net

terça-feira, 25 de agosto de 2009

GOVERNO BRASILEIRO FAZ ACORDO COM A IGREJA CATÓLICA EM DETRIMENTO DE TODOS OS OUTROS CREDOS RELIGIOSOS

..Informe publicitário assinado pelo Associação Vitória em Cristo / CIMEB - Conselho de Pastores do Brasil.

(Veiculado nos principais e maiores jornais e revista do País em 25 de agosto de 2009).

O Governo brasileiro enviou à Câmara dos Deputados a mensagem 134/2009 que reconhece o estatuto jurídico da Igreja Católica. Após a mensagem ser apreciada em uma das comissões para a qual foi enviada, seja aprovada ou não, transforma-se em projeto de decreto legislativo, recebendo o nº 1736/2009. No plenário da Câmara, a pedido dos líderes partidários, foi aprovada a caráter de apreciação urgente, urgentíssimo.

Com muito respeito aos senhores deputados, será que não existe matérias mais relevantes a serem discutidas de maneira urgente em benefício de todo o povo brasileiro? Isto é um absurdo! Na verdade, este acordo beneficia a Igreja Católica na evangelização do povo brasileiro nos diversos segmentos da sociedade, incluindo hospitais, escola e forças armadas.

O mais grave é que este acordo contraria o inciso 1º, do artigo 19, da Constituição Brasileira, que diz: "É vedado à União, aos Estados, ao Distrito Federal e aos Municípios: I - Estabelecer cultos religiosos ou igrejas, subvencioná-los, embaraçar-lhes o funcionamento ou manter com eles ou seus representantes relação de dependência ou aliança, ressalvadas na forma da lei, a colaboração de interesse público".

A nossa nação não pode firmar aliança com qualquer credo religioso, ferindo o princípio da laicidade, inclusive com a quebra da isonomia nacional! Aproximadamente 70 milhões de brasileiros, que não são católicos, estão sendo discriminados. Temos a convicção de que a maioria do povo católico não concorda com um absurdo dessa grandeza, porque são pessoas democráticas.

Com a aprovação deste acordo ficará a Santa Sé, por meio da CNBB, com plenas condições de fechar acordos com o governo brasileiro, sem que jamais tenham de passar pelo Congresso Nacional. É um verdadeiro "CHEQUE EM BRANCO" para a Igreja Católica. Isto é uma vergonha!

Senhores deputados, não aprovem este acordo. Fiquem certos de que não mediremos esforços para informar a todos os credos religiosos quem são os deputados que votaram a favor deste acordo discriminatório.

Estendemos o eco da voz deste manifesto ao Senado da República, próxima casa legislativa que terá de apreciar o resultado apurado pela Câmara dos Deputados.

Tenham a absoluta certeza de não temos memória curta e que vamos pensar muito bem em quem vamos votar nas próximas eleições para Deputado Federal, Senador e Presidente da República.

EM FAVOR DO ESTADO LAICO, DIGA NÃO AO PDC 1736/2009.

E.A.G.

segunda-feira, 13 de julho de 2009

DIFERENÇA ENTRE SER MEMBRO DA IGREJA E SER DISCÍPULO!

“Portanto, vão a todos os povos do mundo e façam com que sejam meus seguidores, batizando esses seguidores em nome do Pai, do Filho e do Espírito Santo, e ensinando-os a obedecer a tudo o que tenho ordenado a vocês. E lembrem disto: eu estou com vocês todos os dias, até o fim dos tempos. Mt. 28.19,20.”

Abaixo estão as diferenças entre o membro da igreja e um discípulo do Senhor Jesus, visto que todo discípulo é um membro da igreja, mas nem todo membro da igreja é um discípulo.

01 – O membro espera pães e peixes; o discípulo é um pescador.
02 – O membro luta por crescer; o discípulo luta para reproduzir-se.
03 – O membro se ganha; o discípulo se faz.
04 – O membro depende dos afagos do seu pastor; o discípulo está determinado a servir a Deus.
05 – O membro gosta de elogios; o discípulo, do sacrifício vivo.
06 – O membro entrega parte de suas finanças; o discípulo entrega toda a sua vida.
07 – O membro cai facilmente na rotina; o discípulo é um revolucionário.
08 – O membro precisa ser sempre estimulado; o discípulo procura estimular os outros.
09 – O membro espera que alguém lhe diga o que fazer; o discípulo é solícito em exercitar seus dons.
10 – O membro reclama e murmura; o discípulo obedece e nega-se a si mesmo.
11 – O membro é condicionado pelas circunstâncias; o discípulo as aproveita para exercitar sua fé.
12 – O membro exige que os outros o visitem; o discípulo visita.
13 – O membro busca na Palavra promessas para a sua vida; o discípulo busca para receber as promessas da Palavra.
14 – O membro pensa em si mesmo; o discípulo pensa nos outros.
15 – O membro se senta para adorar; o discípulo anda adorando.
16 – O membro pertence a uma instituição; o discípulo pertence ao Reino de Deus.
17 – Para o membro, a habitação do Espírito Santo em si é a sua meta; para o discípulo, é meio para alcançar a meta de ser testemunha viva de Cristo a toda criatura.
18 – O membro vale porque soma; o discípulo vale porque multiplica.
19 – O membro aumenta a comunidade; o discípulo multiplica a comunidade.
20 – O membro entra na forma do mundo; o discípulo é agente de transformação do mundo.
21 – O membro espera milagres; o discípulo os faz.
22 – O membro velho é problema para a igreja; o discípulo idoso é problema para o reino das trevas.
23 – O membro se destaca construindo templos; o discípulo se destaca conquistando vidas.
24 – O membro é forte soldado defensor; o discípulo é invencível soldado de ataque.
25 – O membro cuida das estacas de sua tenda; o discípulo desbrava e aumenta o seu território.
26 – O membro se habitua; o discípulo rompe com os velhos moldes (paradigmas).
27 – O membro sonha com a igreja ideal; o discípulo se entrega para fazer uma igreja real.
28 – A meta do membro é ir para o céu; A meta do discípulo é ganhar almas para povoar o céu.

Fonte : Pastoral do Boletim do SEMUCAM 2008.

terça-feira, 30 de junho de 2009

Análise de Mateus 17.1 a 13 – O Monte da Transfiguração.

Quando temos como assunto de pesquisa, a polêmica passagem da transfiguração de Jesus Cristo no monte que alguns historiadores dizem ser o tabor, narrada pelos evangelhos Sinóticos, surge a inevitável controvérsia com o espiritismo sobre o tema da “reencarnação” e “comunicação com o mundo dos mortos”.
Passagens como a descrita em Mateus 17.1-13 tem sentido único que é de salientar a natureza e obra do Reino de Cristo, como a sua chamada messiânica. Um verdadeiro vislumbre da glória futura.
Para tanto, vejamos:

Análise Histórica Textual.
Em seu último ano de ministério, quando ainda estava pregando na região da Galiléia, após algum tempo ali, Jesus chamou os discípulos André, Pedro e João para subir com ele ao monte com intuito de orar (Lc. 9.28). Foi quando os discípulos podem contemplar Jesus Cristo se transfigurando diante dos seus olhos. Diz o texto que seu rosto resplandecia como o sol e suas vestes eram brancas como a luz, então neste momento apareceu Moises e o profeta Elias falando com o Senhor, Pedro como sempre tomado por sua espontaneidade disse “Senhor, bom é estarmos aqui; se queres, farei aqui três tendas; uma será tua, outra para Moisés, outra para Elias”. Então uma nuvem luminosa os envolveu e eis que vinha da nuvem uma voz que dizia “Este é o meu Filho amado em quem me comprazo”.
Esta situação amedrontou os discípulos de tal forma que caíram de bruços por causa de seu medo.

Análise Crítica textual.
O texto de Mateus é muito similar ao de Marcos, existe, porem um detalhe que o diferencia dos demais, Mateus traz o aspecto do rosto de Jesus, de que esta resplandecente como o sol, um dado que não temos nos Evangelhos de Lucas e de Marcos. Existe também o fato do texto de Mateus ser mais sucinto do que os demais.
Outra curiosidade referente a passagem, é o fato de que ela não aparece nos escritos joaninos, visto que o mesmo estava presente no relato bíblico.


Análise Morfológica.
A palavra chave deste texto é “transfiguração” oriunda da palavra grega que transliterado seria “metamorphoo” sendo, “meta”, após e “morpho”, forma; ou seja, outra forma, esta palavra grega tem sua tradução principal no português como “metamorfose”.
Vejamos:
Segundo o dicionário Michaelis: transfiguração:“Mudança que alguém sofre na figura ou na forma” .
Segundo o DITNT “metamorphoo: mudar em outra forma ou imagem”
Tomando como base o texto em questão podemos concluir que Jesus tomou uma forma humana diferenciada, naquele momento, o que possibilitou aquele episódio.

Espiritismo.

Este é um texto muito utilizado pelo espiritismo, para apoiar biblicamente a sua doutrina. Eles alegam através desta passagem existir a comunicação com os mortos e seu mundo. Como este texto faz parte dos sinóticos não devemos trabalhá-lo de forma isolada.
O evangelho de Lucas ao tratar dessa passagem, trouxe alguns dados que nos são imprescindível para esta questão, por exemplo, o assunto que é tratado entre Moises, Elias e Jesus, a saber, a partida de Jesus e o comprimento de sua missão aqui na terra, ou seja, naquele instante Jesus transfigurou o seu corpo para mostrar a seus discípulos que a eternidade verdadeiramente existe.
Os discípulos viram a glória de Deus manifestada e não a região de habitação dos mortos. Basta ver o evento da nuvem luminosa, que o cobriam, onde Deus da mais uma declaração publica a respeito de seu Filho amado.
Outro caso é o da “reencarnação”, se observarmos atentamente o texto, principalmente o v.12 onde observamos que o Elias citado por Jesus é simbólico e não literal, apoiado pelo texto lucano e v11,12 do capitulo 9 do evangelho de marcos, dizendo que joão batista faria a função de preparador para a obra messiânica.



BIBLIOGRAFIA

BÍBLIA Apologética de estudo: Antigo e Novo Testamento. trad João Ferreira de Almeida. corrig. fiel. Ed. 1994,1995. 2. ed. comentário do Instituto Cristão de Pesquisa. São Paulo: Sociedade Bíblica Trinitariana do Brasil; Jundiaí, SP: ICP, 2005. 1653 p.
BÍBLIA Sagrada: Novo Testamento Interlinear grego-português. Barueri, SP: Socieda-de Bíblica do Brasil, 2004. 992 p.
KEENER, Craig S. Comentário Bíblico Atos: Novo Testamento. trad. José Gabriel Said. Belo Horizonte: Editora Atos, 2005. 863 p.
COENEN, Lothar e BROWN, Colin. Dicionário Internacional de Teologia do Novo testamento. Trad. Gordon Chown. 2.ed. São Paulo:Vida Nova. 2.000 p.

quinta-feira, 18 de junho de 2009

HOMOFOBIA "Golpe sujo no Senado: PLC 122 poderá ser usado para salvar Sarney dos escândalos"

Golpe sujo no Senado: PLC 122 poderá ser usado para salvar Sarney dos escândalos
Nocivo projeto anti-“homofobia” está para ser usado para desvir o foco da corrupção no Senado
Julio Severo
O presidente do Senado, José Sarney, se envolveu em tantos escândalos, fartamente noticiados pela imprensa, que já há movimentações e pressões para que ele renuncie.
Para evitar tal fim drástico, Sarney precisará arranjar rapidamente uma saída.
É aí que entra a maquinação política. Conforme informação confidencial que acabei de receber, o presidente da Câmara, Michel Temer, aconselhou Sarney, que passa por um verdadeiro bombardeio de credibilidade após as denúncias de ter empregado pelo menos meia dúzia de parentes e aliados por meio de atos secretos, a colocar em votação no plenário projetos importantes que causem polêmicas e discussões e que possam mudar o foco do noticiário.
Qual é o principal projeto que pode provocar distração suficiente para amenizar as pressões sobre Sarney? O PLC 122/06.
Colocando o PLC 122/06 para votação, desvia-se o foco da corrupção e Sarney pode respirar mais tranqüilo.
Se não houver uma mobilização imediata, uma manobra debaixo dos panos irá colocar para votação a aberração jurídica PLC 122, que representa uma das maiores ameaças à liberdade da enorme população cristã do Brasil.
Em vez de deixarem os políticos caírem em sua própria sujeira, o povo brasileiro será submetido a uma queda de seus direitos com a colocação para votação de um projeto que vem sendo rejeitado pela sociedade, mas que está para ser usado para salvar um polítco que tem a obrigação de responder pelos seus atos.
Não permita que políticos corruptos se salvem usando o PLC 122. Salve o Brasil do PLC 122.
Faça contato imediato com os senadores e peça a rejeição do PLC 122.
Procure a liderança de sua igreja e peça ação imediata.
Envie este email a todos os seus amigos e conhecidos.
Mobilize-se, pois os políticos corruptos estão se mobilizando e farão qualquer coisa para se salvarem.
Ligue para o Senado Federal pelo telefone gratuito: 0800-612211
Envie emails para os componentes da Comissão de Assuntos Especiais do Senado. Veja a composição aqui.
Para mandar emails a todos os senadores, veja a lista completa dos emails deles aqui: http://juliosevero.blogspot.com/2009/04/cientista-medica-escreve-aos-senadores.html
PLC 122: propaganda, fantasia e farsa na promoção do homossexualismo: http://juliosevero.blogspot.com/2008/11/plc-122-propaganda-fantasia-e-farsa-na.html
Para ler muitos artigos sobre o PLC 122, siga este link: http://juliosevero.blogspot.com/search?q=122
Fonte: www.juliosevero.com
Veja aqui outro artigo que mostra como manobras sórdidas são usadas para aprovar projetos homossexuais:Vitória da bancada evangélica no Congresso Nacional: http://juliosevero.blogspot.com/2009/06/vitoria-da-bancada-evangelica-no.htm

terça-feira, 21 de abril de 2009

Aparece mais um suposto filho do Presidente Lugo

O ex-bispo da Igreja católica e atual Presidente do Paraguai Fernando Lugo. Mais uma vez é alvo de uma denuncia.

Novamente o Presidente Lugo foi acusado de ter abandonado uma criança quando ainda era o Bispo de San Pedro, Lugo não nega a paternidade e diz que vai se colocar a disposição para os testes de DNA.

Já é hora de repensar a questão do celibato obrigatório, não acham?

quarta-feira, 15 de abril de 2009

Um amigo verdadeiro.

O amor de Deus se manifesta nas nossas atitudes diárias.

Na parábola do samaritano que Lucas nos revela em seu evangelho, onde Jesus ao ser interpelado por um teólogo judeu (gr. “nomikos” = mestre da lei mosaica) sobre qual era o seu argumento soteriológico. Jesus confronta-o com a sua própria interpretação da lei, onde temos a definição “Amarás ao Senhor, teu Deus, de todo o teu coração, e de toda a tua alma, e de todas as tuas forças, e de todo o teu entendimento e ao teu próximo como a ti mesmo”. - Ótimo, faça isso e terá a vida eterna, disse-lhe Jesus, então entre em cena o grande erro dos estudantes das escrituras, a (auto) justificação. Quem é o meu próximo? Interpela novamente.





Quem é o meu próximo? Pergunta feita e respondida há quase dois mil anos, e que até hoje temos uma grande dificuldade de compreendê-la. Na época Jesus trouxe um exemplo simples e ao mesmo tempo muito complexo, pois era conflitante com os padrões morais adotados pelos judeus.

“Descia um homem de Jerusalém para Jericó, e caiu nas mãos dos salteadores, os quais o despojaram e, espancando-o, se retiraram, deixando-o meio morto. E, ocasionalmente, descia pelo mesmo caminho certo sacerdote; e, vendo-o, passou de largo. E, de igual modo, também um levita, chegando àquele lugar e vendo-o, passou de largo. Mas um samaritano que ia de viagem chegou ao pé dele e, vendo-o, moveu-se de íntima compaixão”.

Parte do antigo caminho entre Jerusalém e Jericó
que
hoje abriga o monastério de São Jorge (St. George Monastery)


Nesta narrativa temos quatro vidas totalmente distintas e interligadas pelo mesmo evento.

  • a) Um homem, possivelmente um judeu que estava percorrendo o perigoso caminho de 25 quilômetros entre as cidades de Jerusalém e Jericó, um caminho muito perigoso, pois era de difícil locomoção, com grandes cavernas e vales e muito propício a ataques de salteadores.

  • b) Um Sacerdote, é de nosso conhecimento que existia algumas exigências para ser um sacerdote judeu, a primeira delas é a genealógica, ele necessariamente deveria ser um levita e pertencente da linhagem de Aarão. Havia também a necessidade de estar sempre em consagração, pois era um dos responsáveis pela execução dos sacrifícios no grande templo judaico.

  • c) Um Levita, igualmente como o Sacerdote, o Levita deveria manter-se puro para suas exercer as suas funções dentro do templo.

  • d) Um Samaritano, povo visinho da Judéia, inimigos declarados dos judeus desde o cativeiro babilônico.


A tradição judaica trazia uma idéia muito rígida sobre a consagração de seus sacerdotes e que deveriam ser tratada a risca. Os rituais para a purificação de seus sacerdotes consistiam basicamente de banhos e vestes limpas. Pela Torah os sacerdotes não podiam entrar em contato com defuntos Lv.21.1 “O sacerdote não se contaminará por causa de um morto entre o seu povo”, e pecadores Lv. 22.4-8. A purificação tinha um caráter físico-moral partindo de um pressuposto que o religioso tinha que estar plenamente limpo para poder exercer suas funções ministeriais Lv 21 e 22.

A narrativa que Jesus nesta parábola toca nos conceitos “O que é estar puro ou impuro” e “Quem é realmente o meu próximo? Minha família, meu povo, meus amigos. Quem afinal?"

  • a) Vamos tentar buscar a resposta para a primeira questão que surge nesta parábola. O que nos torna puro ou impuro perante Deus?

    Vejamos:
    O sacerdote e o levita não quis se aproximar do homem caído por causa do seu zelo à lei do Senhor.

    Resposta obvia para os judeus, pois, poderia se contaminar caso tocasse no possível defunto.

    Pensava ele “Será que esta morto?” e ainda “Há se ele esta nesta situação algo pecaminoso fez, pois Deus é justo juiz! Se este infeliz esta passando por isso, então ele é um pecador e esta pagando pelo que fez, não posso ajudá-lo, pois, estaria interferindo na justiça divina e ainda me contaminando ou pelo seus pecados ou pela sua carne morta”

    Já o samaritano não tinha que compromisso com esse tipo de lei. Não teve que racionalizar este dilema e enfim agiu ajudando o moribundo judeu.

    A única questão que poderia impedir o samaritano de ajudá-lo era a questão racial-política.

    O zelo justifica então a atitude do sacerdote e do levita? Não, pois, observamos que o samaritano abriu mão deste zelo e teve o princípio pela vida como o mais importante ao contrario dos judeus que preferiram mecanizar os seus preceitos religiosos e não colocar o respeito pela vida como o mais importante.

  • b) Resta agora a questão “Quem é realmente o meu próximo?”

    Jesus categoricamente separa os dez mandamentos em duas classes, comportamento do homem em relação a Deus e o comportamento do homem em relação aos seus semelhantes. “amaras o teu próximo como a ti mesmo”

    Jesus pergunta ao doutor da Lei “Qual, pois, destes três te parece que foi o próximo daquele que caiu nas mãos dos salteadores?” e a resposta é obvia “O que usou de misericórdia para com ele”

Mais então porque esta dúvida ainda não foi sanada? Diria Jesus “Por causa da dureza de vossos corações” acredito que não.

O homem no fundo sabe e sente quem é o seu próximo. Mais do que o argumento da distância física é a relação afetiva. Próximo é aquele que se compadece de nós, sente conosco os nossos problemas e deliberadamente decide atuar em função do outro, biblicamente a relação afetiva é que define quem é próximo ou não.

Nas relações interpessoais o afeto é quem define o grau de apreço. Podemos até nos relacionar com pessoas importantes, mais isso não garante uma amizade duradora.

Alias o ser humano tem algo dentro de si, que o motiva sempre a se compadecer dos miseráveis, principalmente o cristão. A sua consciência sempre o leva a ter compaixão com as pessoas que estão vivendo em situações de dificuldades.

O que nos diferencia é a relevância que damos para este sentimento. Muitos, mesmo sentindo a necessidade do outro, procuram menosprezar e arruma desculpas para se justificar perante a sociedade e perante a sua própria consciência, pois precisa convencer a si mesmo que a atitude tomada é a mais correta. Outros já se compadecem, e uma vez que este sentimento floresce, não é mais possível ficar sem agir. Ele tenta de todas as formas, resolver os problemas do outro.

Eis ai a diferença.

Fique com o conselho de Jesus

"Disse, pois, Jesus: Vai, e faze da mesma maneira".

domingo, 15 de março de 2009

O Meu Grande Amor

A questao da Fe e Razao.


Às vezes me pego meio pensativo, e no centro desses pensamentos esta a razão da minha fé. Por diversos momentos chego até a questionar no meu subconsciente, se a fé que abracei é racional, parece-me meio contraditória essa afirmação, visto que a não existe razão em fé alguma, mas a praticidade de nosso intelecto nos leva sempre a questionar este axioma, e é neste ponto que nasce a minha crise, que chamo de “egoísmo do raciocínio fútil”.

E como eu supero esta crise epistemológica?

Visto que para muitos que não conseguem resolver esta questão conflitante, simplesmente viram as costas, decidem então sair para fora, para contar as estrelas no céu ou então vão brincar de balanço com sua descendência, esperando que entre um empurrão e outro, achem a brecha necessária para abandoná-la de vez.

“Porque os meus pensamentos não são os vossos pensamentos, nem os vossos caminhos os meus caminhos”, diz as sagradas escrituras, regra de minha fé, que completa “Porque assim como os céus são mais altos do que a terra, assim são os meus caminhos mais altos do que os vossos caminhos, e os meus pensamentos mais altos do que os vossos pensamentos”. Eis aqui a minha esperança, pois vejo florescer nestas palavras, a resposta que ardentemente procuro. Assim vejo, “a velha estupidez mortal que tenta de todas as formas querer trilhar os caminhos eternos, cujas pegadas são prerrogativas divinas, onde mortal algum pode sondar”. Imediatamente reprimo este sentimento nocivo à vida.

Portanto, as questões epistemológicas não se explicam. A minha superação para este problema esta na incapacidade de alcançar o Sublime, assim resolvo meus conflitos racionais, ou pelo menos revela a minha incapacidade de resolvê-los.

No que me apego então, para manter viva a chama do evangelho em meu peito? Sim, preciso de um combustível que nunca se acabe, pois não posso cair na rotina religiosa que o sistema eclesiástico nos impõe, preciso de algo vivo que mantêm a “nous” sempre ativa nos preceito de minha crença, é neste momento que eu olho para o “objeto da fé”, Jesus, o Nazareno.

Para muitos um simples carpinteiro, outros já dizem – este é somente o filho de José e Maria, e mais há ainda, o galileu, o revolucionário, o político, o usurpador, o rebelde, o louco, chamam até de corrompidor da ciência, desarticulador do raciocínio humano, com a acusação de ter sido o responsável pelos últimos 1600 anos de escravidão da mente humana, jogando em suas costas a culpa pela supremacia escravizaste da Igreja Católica.

Tem se dado muitos adjetivos a Jesus Cristo, eu não fujo a regra, claro que meu apreço faz parte do meu argumento, a minha ideologia é sim prerrogativa para a minha visão. É sabido que Jesus é o Messias, por aqui dou inicio, chamo-o de Filho do Altíssimo, Senhor dos senhores, Salvador, Eterno, brisa da tarde que alivia o calor do meio dia, vento que molda as pedras, água fluente do deserto árido, fonte da minha esperança, paz em dia triste, herói da minha vida.

O que se dizer da conclusão de muitos pensadores racionalista, onde se diz: “Humanamente, não há razão nenhuma na fé Cristã”. O que do ponto lógico eu concordo plenamente, pois esta escrito “Mas nós pregamos a Cristo crucificado, que é escândalo para os judeus, e loucura para os gregos” o que visto pelo lado espiritual “Porque a sabedoria deste mundo é loucura diante de Deus; pois está escrito: Ele apanha os sábios na sua própria astúcia”. Então “Visto como na sabedoria de Deus o mundo não conheceu a Deus pela sua sabedoria, aprouve a Deus salvar os crentes pela loucura da pregação”.

É por esta loucura que continuo trilhando, “Pois, pela fé, os antigos obtiveram bom testemunho”.
Mensagem Semanal.

Firmando a fé dos nossos irmãos.

Lucas 22.31,32.

Disse também o Senhor: Simão, Simão, eis que Satanás vos pediu para vos cirandar como trigo; Mas eu roguei por ti, para que a tua fé não desfaleça; e tu, quando te converteres, confirma teus irmãos.

Amados irmãos.
Estamos vivendo uma época muito importante na historia da Igreja de Jesus Cristo nosso Senhor. Estamos numa fase, que eu creio que é a ultima fase da nossa Igreja aqui na terra. E a Bíblia Sagrada através das suas passagem, chama este momento de “grande apostasia” momento em que o amor de muitos iria se esfriar.

O amor ao nosso próximo esta deixando de existir em nossos corações. Cada vez mais nós estamos cético, frios e taxativos em relação aos nossos companheiros de fé. Não temos mais tempo para atender as suas necessidades, não temos tempo de visitá-los, enfim não temos mais tempo para eles.

Não há mais amor dentro de nossas Igrejas, não há mais amor dentro de nossos lares, não há mais espaço para o amor em nossas vidas, mas em I Cor. 13.1-3. Podemos analisar aqui que não importa o que eu faça, dentro ou fora da igreja, se não houver amor dentro do nosso coração, de nada serve, não adianta eu fazer todas as minhas obrigações e ainda assim não amar o meu próximo, o amor deve fluir em nossas vidas.

Não existe mais amor no mundo em que vivemos, mas deve sempre existir no povo de Deus. Nós não podemos ficar longe do amor porque “Deus é amor” I João 4.8 Aquele que não ama não conhece a Deus; porque DEUS É AMOR. Devemos amar os nossos irmãos e compartilhar com eles o nosso tempo.

A palavra que nos lemos no inicio, fala de uma ordem direta de nosso Senhor Jesus de Nazaré. “Pedro, quando te converteres, confirma teus irmãos”.

O que é confirmar o nosso irmão? Confirmar o nosso irmão e dar o total suporte para que ele tenha uma boa estrutura na fé em Jesus. Que ele esteja a cada dia estruturado na palavra de Deus, com uma base sólida. “Firmado na rocha” Lucas 6.48

Mas nos dias de hoje com a falta do amor, não estamos tendo mais a disposição para ajudar nossos irmãos. Pensamos que os nossos próprios problemas já nos são suficientes, assim, já não temos tempo e nem espaço para ajudar nos problemas do nosso irmão.

Jesus Cristo sabia que era necessário ter um entre os doze que não desfalecesse no momento de dificuldade. Tinha de haver um que entusiasmasse os demais irmãos. E mais a frente no dia de pentecoste, observamos um Pedro valente e audacioso pregando para uma grande multidão e após o seu discurso mais de 3 mil pessoas se renderam ao evangelho de Jesus Cristo; Um Pedro que na porta chamada formosa diz: “não tenho prata e nem ouro, mais o que eu tenho eu te dou, no nome de Jesus levante e ande” – Assim temos um Pedro verdadeiramente convertido.

O restante da ordem de Jesus é que ele confirme a fé dos seus irmãos. Mandamento que soa por quase dois mil anos no leito da Igreja. É dever da comunidade cristã, mergulhar nesta palavra, que para nós não pode ter conotação diferente. Temos que ajudar os nossos irmãos em todos os sentidos. Se colocar do lado deles, oferecer uma amizade verdadeira, orar para que o Senhor interceda em seu favor.

Não podemos mais agir de uma forma arrogante. Quando o irmão estiver com problemas, não seja o primeiro a jogar pedra nele. Procure levar um ombro amigo, para que ele não se perca no meio do caminho. Porque Deus vai cobrar esta vida de você.

Para ajudar uma pessoa que esta em dificuldade, a primeira coisa que devemos fazer é de se colocar no lugar dela, tentar sentir o que ela esta sentindo naquele momento, só assim poderemos ter a dimensão do problema, para poder levar uma palavra de consolo. E nunca esquecer de dizer para ela que Jesus à ama e padeceu por este amor.

Vamos fortalecer os nossos irmãos.

Darwinismo

Conseqüências da Evolução.
24/02/2009


No ultimo dia 12 de fevereiro comemoramos os duzentos anos do nascimento de Charles Robert Darwin. Em 1809 veio ao mundo uma criança que ao lado de Karl Marx e Sigmund Freud formaria o trio de pensadores do século XIX. Marx Lançou o comunismo, uma nova forma de organizar a sociedade, Freud inovou na arte de compreensão do ser humano, agora, Darwin, este foi alem de todas as expectativas. Estudou medicina, e para nosso espanto também estudou teologia, mais foi na biologia que encontrou a sua verdadeira vocação, tornou-se um biólogo naturalista, que em sua famosa expedição de cinco anos pela costa sul-americana a bordo do navio Beagle, desenvolveu a sua teoria sobre a vida natural.


Publicou sua teoria no dia 24 de novembro de 1859 na obra “A origem das espécies” revolucionando o pensamento humano, essa teoria consiste que as espécies evoluem para se adaptar melhor ao seu habitat natural. Em 1871 aprimorou esta obra lançando “A Descendência do Homem” que trouxe uma explicação para a origem do homem, colocando-o na ordem dos primatas, ao lado de chipanzés, gorilas e orangotangos, declarando publicamente que o homem tem sua descendência no macaco.


Vivemos em um país democrático de direito, ou seja, todos os cidadãos participantes da sociedade em questão têm direitos iguais perante a lei e observando a maioria das constituições mundiais atuais, para o nosso alivio, concluímos que em sua maioria o parentesco só é reconhecido até o quarto grau. Suponhamos que a lei não limitasse o número máximo para o reconhecimento do parentesco. Já imaginou quanto à águia ganharia de royalties do governo americano? Ou falcão? Quanto o elefante africano ganharia para ceder os seus direitos de imagem para o Parque Nacional da África?


Recentemente levei os meus filhos para passear no zoológico, após passar pela jaula do urso nos deu vontade de observar o lobo guará. Era uma jaula na extremidade lateral do parque, um lugar cercado de arvores, formava um lindo bosque, em meio as arvores, estava lá, o recinto dos lobos guarás. Foi neste momento que meu consciente perguntou, e a jaula dos Homo sapiens, onde será? Um leve sorriso veio ao meu rosto e imediatamente lembrei-me de Darwin. Bom se o zoológico é um lugar de demonstração em cativeiro das espécies, onde será então a jaula dos primata-mor? Confesso que não achei. Já cansado do passeio, decidimos ir embora, para minha surpresa encontrei a tal jaula dos descendentes dos gorilas. Ela tinha 60 cm², o Homo sapiens tinha um nome carinhoso atribuídos pelos visitantes, guarda João.


Viva Darwin...



Postagens populares

Fernando Pessoa.

Ser feliz é reconhecer que vale a pena viver apesar de todos os desafios, incompreensões e períodos de crise.

Ser feliz é deixar de ser vítima dos problemas e se tornar um autor da própria história. É atravessar desertos fora de si, mas ser capaz de encontrar um oásis no recôndito da sua alma. É agradecer a Deus a cada manhã pelo milagre da vida.

Ser feliz é não ter medo dos próprios sentimentos. É saber falar de si mesmo. É ter coragem para ouvir um "não". É ter segurança para receber uma crítica, mesmo que injusta.

Pedras no caminho?

Guardo todas, um dia vou construir um castelo…