quarta-feira, 22 de dezembro de 2010

Surgiu mais uma “nova” Teologia.

Hoje os meus alicerces se abalaram, acredito que meus pressupostos se sacudiram em meios aos questionamentos que foram inseridos na mente deste pobre mortal.  igreja

Giro em torno de um paradigma, durante minha breve vida, conheci várias vertentes teológicas, mas mesmo diante desta grande gama, tenho uma dificuldade gigantesca de reconhecer os meus verdadeiros posicionamentos teológicos.

Gostaria muito mesmo de te-los, desde já, bem esquadrinhados, bem definidos, bem formatados em minha mente, mas o grande fato é que a formação teológica não se desenvolve da noite para o dia como o apagar e acender das luzes.

Formar uma posição coerente é muito mais complexo do que acreditamos ser, e neste caso, o tempo é o amigo fiel para uma idéia consistente, sadia e equilibrada, pois poucas são as que sobrevivem ao tempo.

Aprendi que a regra número um para um bom entendimento doutrinário e teológico, se da ao fato de ter uma avaliação muito criteriosa e cuidadosa de suas interpretações bíblicas, mas fico muito decepcionado com tamanha falta de zelo e critérios nas teologias recentes.

O grande fator que nos rodeia é a mística das idéias teológicas pós-modernas, onde o grande destaque gira em torno da teologia da prosperidade, e esta, por sua vez, já foi exaustivamente analisadas e condenadas em todos os seus preceitos.

Já não bastando essa teologia, acabamos por somar o misticismo popular brasileiro a essas concepções, e o resultado disso tudo é que acabamos transformando o culto num circo.

Todas essas metamorfoses criaram uma ferida que há muito tempo anda colocando pontos de interrogações nos meus pensamentos. Há um bom tempo venho me deparando com um evangelho meio confuso e extremamente místico, observo que os cultos nas igrejas deparam-se com ações e atitudes estranhas até mesmo para os pentecostais mais antigos.

O primeiro ato que francamente observo nestas comunidades é a banalização dos dons espirituais, com um sério destaque para o dom de revelação, sinceramente sou um apaixonado pela manifestação do Espírito Santo, mas me entristeço facilmente quando me deparo com homens que tentam "fabricar" eventos divinos, dissuadindo pessoas a fazer um papel, que as vezes, é incoerente até mesmo aos seus princípios, levando-as há uma falsa idéia de uma ação sobrenatural.

Hoje em dia o culto religioso ganhou novos ares, a manifestação que era uma ação na vertical, ou seja, direcionado para a adoração a Deus, hoje já é um comportamento baseado na troca onde o beneficiado deixa de ser Deus, para ser os fieis.

Os jargões como receba, portas, chaves, bênçãos, unção, mais que vencedor, plenitude, entre outras, ganham destaque no culto, estes jargões são acompanhados de perto pelas profecias e as revelações. "Deus manda te dizer que hoje ira acabar os seus sofrimentos" (upf) diz um "profeta" no culto, estas frases me causam espanto, pois quando comparo estes jargões infundamentáveis com o sermão do monte, fico completamente estarrecido.

Logo as interrogações fazem se notórias em minha mente. E a questão que mais me perturba fixa no horizonte da minha alma.

O que estamos fazendo da Igreja?

quarta-feira, 8 de dezembro de 2010

Um novo horizonte para a Teologia Brasileira

“Somos pensadores e autores adeptos da tese de que o pensamento deve se mostrar fraco para que seja forte. Somos teólogos que acreditam na incerteza. Não somos dona da verdade, e não acreditamos em magistérios eclesiais que imponham limites à reflexão cristã. Estamos entre aqueles que, quanto mais estudam, mais reconhecem que sabem pouco e, por isso mesmo, não pretendem pontificar. Nosso maior anseio é a desinfantilização da reflexão evangélica, e a promoção de uma reflexão madura e responsável, para um futuro promissor e pro-missor, isto é, missiologicamente são efetivos, para as igrejas evangélicas, um futuro mais antenado e mais dialógico. Desejo Graça e paz, crescimento intelectual e edificação nas coisas do Reino de Deus.”

Ricardo Quadro Gouvêa – O que eles estão falando da Igreja. 2010, Fonte Editorial

Postagens populares

Fernando Pessoa.

Ser feliz é reconhecer que vale a pena viver apesar de todos os desafios, incompreensões e períodos de crise.

Ser feliz é deixar de ser vítima dos problemas e se tornar um autor da própria história. É atravessar desertos fora de si, mas ser capaz de encontrar um oásis no recôndito da sua alma. É agradecer a Deus a cada manhã pelo milagre da vida.

Ser feliz é não ter medo dos próprios sentimentos. É saber falar de si mesmo. É ter coragem para ouvir um "não". É ter segurança para receber uma crítica, mesmo que injusta.

Pedras no caminho?

Guardo todas, um dia vou construir um castelo…